Informações técnicas sobre mangueiras

Durante o transporte de meios sólidos, líquidos ou gasosos, o chamado "potencial interfacial" é criado devido ao atrito na parede interna de, por exemplo, linhas de mangueiras. Dependendo do grau de carga, isso leva a faíscas, pane elétrica ou, em determinadas circunstâncias, à ignição de substâncias inflamáveis. Além da intensidade do contato (atrito) entre o meio e a parede da mangueira, a "constante dielétrica" da mangueira e do meio de fluxo é decisiva para o nível de capacidade de carga. Isso é considerado uma medida da polarizabilidade. Até mesmo substâncias condutoras ficam carregadas se não forem aterradas.

Existem várias diretrizes e normas para avaliar e evitar os riscos de ignição e as medidas de proteção a serem tomadas. Neste ponto, nos referimos principalmente à Regra Técnica para Segurança Industrial, TRGS 727 "Prevenção de riscos de ignição devido a cargas eletrostáticas", determinada pelo Comitê de Segurança Industrial (ABS) e publicada pelo Ministério Federal do Trabalho e Assuntos Sociais no Diário Ministerial Conjunto. A TRGS 727 substitui e atualiza a TRBS 2153 anterior.

Os produtos Masterduct também estão em conformidade com a legislação de harmonização relevante da União: Diretiva 94/9/EC (até 19 de abril de 2016) e Diretiva 2014/34/EU (a partir de 20 de abril de 2016).

A resistência da superfície dos materiais da parede da mangueira pode ser reduzida a valores entre 103 e 104 ohms com a incorporação de aditivos condutores. Esses aditivos condutores (por exemplo, negro de fumo condutor) formam uma rede de partículas condutoras em contato com o plástico (condutividade de volume).
Devido aos aditivos, no entanto, esses plásticos estão disponíveis, em última análise, na cor preta.

Outra possibilidade é a incorporação de aditivos antiestáticos, por meio dos quais é obtida uma resistência de superfície <109 Ohm e a transparência dos materiais de base é mantida. Existem aditivos antiestáticos que atingem uma resistência de superfície correspondente ao ligar a umidade do ar à superfície da mangueira. No entanto, esse projeto tem a desvantagem de que, quando pós secos, por exemplo, são transportados, a falta de umidade do ar resulta em propriedades antiestáticas fracas ou insuficientes.
Além disso, o desenvolvimento de uma resistência superficial adequada pode ser prejudicado pela abrasão que ocorre durante a aplicação. Por esse motivo, as mangueiras antiestáticas devem ser usadas nas zonas/aplicações permitidas para essa finalidade e, de preferência, devem ser equipadas com aditivos antiestáticos permanentemente eficazes que não dependam de um componente externo adicional.

Para aplicações subordinadas, como na zona 1 com "gases e líquidos com baixa condutividade" e na zona 21 com "poeiras/materiais a granel não inflamáveis", as mangueiras espirais/clipes com dissipação de cargas eletrostáticas também podem ser usadas em mangueiras Masterduct com material de parede com resistência de superfície > 109 Ohm. Nesse caso, no entanto, é necessário garantir um passo da espiral/clipe < 30 mm e uma sobreposição da espiral < 2 mm para obter um efeito dissipativo.

Para todas as aplicações descritas acima, as duas extremidades da mangueira com espiral/clipe devem sempre ser conectadas ao conector de forma condutiva. As informações sobre as possíveis aplicações das mangueiras Masterduct são fornecidas nas folhas de dados do catálogo relevante, em Propriedades.

Limites e definições

As mangueiras com carga eletrostática são geralmente

• Conjuntos de mangueiras com hélice de arame
• sólidos com resistência de superfície >109 Ohm
• todos os objetos não aterrados de materiais condutores.

Em geral, os seguintes itens não são carregáveis eletrostaticamente

• todos os sólidos e líquidos com uma resistência de superfície abaixo das resistências limite mencionadas acima
• todas as substâncias condutoras que estejam aterradas.

Na prática, isso significa, com relação a usos de conjuntos de mangueiras com hélice/clipe de arame

1) Ao manusear "gases e líquidos com baixa condutividade" na Zona 1, bem como "poeiras/materiais a granel não inflamáveis" na Zona 21, podem ser usadas mangueiras em espiral/clipe cuja resistência da superfície da parede seja >109 Ohm, o passo da espiral/clipe <30 mm e a sobreposição da espiral/clipe <2 mm. Além disso, ao instalar as mangueiras, certifique-se de que ambas as extremidades da espiral/clipe
estejam conectadas ao terra com as peças de conexão condutora. 2.

2) Maior proteção é obtida com o uso de mangueiras não recarregáveis, por exemplo, mangueiras antiestáticas com resistência de superfície <109 Ohm, em que as extremidades expostas da espiral/clipe também são conectadas ao terra com as peças de conexão condutoras. 3) A segurança ideal é proporcionada por mangueiras condutoras de eletricidade.

A segurança ideal é proporcionada por mangueiras eletricamente condutoras com uma resistência de superfície <106 Ohm. Por motivos de segurança, essas mangueiras também devem ter uma conexão de aterramento entre as extremidades dos fios expostos e as peças de conexão condutoras. As mangueiras Masterduct testadas com o sufixo "EL" atendem plenamente a esses requisitos.

A determinação da resistência da superfície depende do respectivo método de medição e é realizada para sólidos não condutores de acordo com a norma DIN IEC 60093 / VDE 0303, Parte 30 (Métodos de teste para materiais isolantes elétricos, resistividade de volume e resistividade de superfície de materiais sólidos eletricamente isolantes).

Para mangueiras de borracha e plástico e conjuntos de mangueiras, a DIN EN ISO 8031 - Mangueiras de borracha e plástico e conjuntos de mangueiras, descreve a determinação da resistência elétrica.

Essa norma descreve:

• Procedimentos para mangueiras com camadas internas condutoras (por exemplo, os procedimentos de medição para os tipos de mangueira: Master-Clip, ...).
• Procedimentos para mangueiras com camada externa condutora
• Procedimentos para mangueiras feitas de misturas contínuas de materiais condutores (por exemplo, os procedimentos de medição para os tipos de mangueiras Masterduct com o sufixo "EL").

A adição de aditivos de condutividade ou agentes antiestáticos leva a uma redução nos valores mecânicos do material (por exemplo, resistência à abrasão e ao rasgo) e, portanto, a uma redução na vida útil. As informações sobre isso se baseiam em testes de campo internos e externos bem como nas normas atualmente em vigor. Elas servem como uma diretriz para o uso dos tipos de mangueiras Masterduct em áreas potencialmente perigosas e não pretendem ser completas.

As informações do catálogo referentes à resistência de superfície baseiam-se parcialmente em resultados de testes oficiais, em informações de nossos fornecedores de matérias-primas e em medições internas. Em caso de dúvida, recomendamos que os usuários testem as mangueiras em condições operacionais ou similares antes da instalação final.

A marcação CE (Conformité Européenne) significa "conformidade com as diretivas da UE" e é uma marcação de acordo com a legislação da UE para determinados produtos relacionados à segurança do produto.

Ao afixar a marcação CE, o fabricante confirma que seu produto está em conformidade com uma ou mais diretivas européias aplicáveis, em cujo escopo o produto se enquadra. Isso agora é obrigatório para determinados grupos de produtos.

Os produtos com a marcação CE estão sujeitos à circulação irrestrita de mercadorias em todos os países da UE, enquanto os produtos sem marcação não podem mais entrar na circulação de mercadorias após uma determinada data especificada (exemplo: a data para máquinas é 01.01.1995).

Em geral, as mangueiras Masterflex SE não se enquadram nos grupos de produtos sujeitos à rotulagem obrigatória, pois, de acordo com a definição da Diretiva de Máquinas da UE 89/392/EEC, as mangueiras não são classificadas como máquinas, componentes de segurança ou produtos de acordo com a Diretiva de Baixa Tensão e EMC, Diretiva de Dispositivos Médicos, etc., mas são consideradas componentes que não podem receber a marcação CE.

Portanto, as mangueiras não devem ser rotuladas e as declarações de conformidade correspondentes (declarações do fabricante) também não devem ser emitidas pela Masterflex SE. As fichas de dados de segurança de acordo com a norma DIN EN 292 e os certificados de trabalho de acordo com a norma EN 10204, que certificam as propriedades dos produtos Masterduct, podem ser fornecidos, se necessário.

Todas as informações fornecidas por nós são informações gerais que, devido às possibilidades de aplicação individual, às diferentes condições operacionais no local e às possibilidades de variação do projeto, não permitem qualquer compromisso ou garantia.

Para que seja permitido o uso de mangueiras no setor de alimentos, elas devem atender às "regulamentações ou aprovações de alimentos" correspondentes. Os tipos de mangueiras de poliuretano produzidos pela Masterduct atendem a esses requisitos.

As matérias-primas usadas para a produção das mangueiras Master-PUR Food estão em conformidade com as seguintes condições da legislação de alimentos:

• UE: As mangueiras da série Master-PUR Food estão em conformidade, sob certas condições, com os requisitos do Regulamento (UE) nº 1935/2004, bem como com os Regulamentos (UE) nº 10/2011 e 1282/2011 ou com o Código Alemão de Alimentos e Rações (LFGB, a partir de 15.03.2012) e com a Portaria Alemã de Mercadorias (a partir de 13.12.2011).

Mais informações

As matérias-primas usadas para a produção dos tubos Master-PUR Food A estão em conformidade com as seguintes condições da legislação de alimentos:

• UE: A série Master-PUR Food A foi testada e aprovada por um instituto independente. Os monômeros usados na produção estão listados na Portaria de Bens de Consumo na versão publicada em 23.12.1997 (BGBl. 1998 l p.5), com a última alteração em 23.09.2009 (BGBI. I p.3130). Os monômeros utilizados estão listados nos anexos da Diretiva 2002/72/CE, conforme alterada pelas últimas Diretivas de alteração 2007/19/CE de 30.03.2007 e 2008/39/CE de 07.03.2008, e pelo Regulamento CE 975/2009 de 20.10.2009. Os aditivos usados estão listados no Anexo III da Diretiva 2002/72/CE, conforme alterado pelas últimas Diretivas de alteração 2007/19/CE, 2008/39/CE e Regulamento CE 975/2009 de 20.10.2009. Consulte o certificado de teste H-192339K-10-Bg para obter as condições referentes aos requisitos dos regulamentos. O certificado será apresentado mediante solicitação do usuário.

Mais informações

Para que seja permitido o uso de mangueiras no setor de alimentos, elas devem atender às "regulamentações ou aprovações de alimentos" correspondentes. Os tipos de mangueiras de poliuretano produzidos pela Masterduct atendem a esses requisitos.

As matérias-primas usadas para a produção das mangueiras Master-PUR Food estão em conformidade com as seguintes condições da legislação de alimentos:

• EUA: As matérias-primas e os aditivos utilizados (exceto estabilizadores) estão listados no 21 CFR (Code of Federal Regulations) § 177.2600 "Rubber articles intended for repeated use" (Artigos de borracha destinados a uso repetido) do FDA datado de 01.04.2009. Os antioxidantes/estabilizadores usados estão listados no FDA 21 CFR § 178.2010 "Antioxidantes e/ou estabilizadores para polímeros".

Mais informações

As matérias-primas usadas para a produção do tubo Master-PUR Food A estão em conformidade com as seguintes regulamentações de alimentos:

• EUA As matérias-primas e os excipientes usados (exceto estabilizadores) estão listados no FDA 21 CFR (Code of Federal Regulations) § 177.2600 e 21 CFR § 178.2010 "Rubber articles intended for repeated use" (Artigos de borracha destinados a uso repetido), datado de 01/04/2009, e na lista Effective Food Contact Substance Notifications (FCS).

Mais informações

DIN EN ISO 8031

Mangueiras e conjuntos de mangueiras de borracha e plástico

• Determinação da resistência elétrica e da condutividade elétrica DIN IEC 60093
• Métodos de teste para materiais de isolamento elétrico Resistência de volume específica e resistência de superfície específica de materiais sólidos e eletricamente isolantes DIN VDE 0303-8
• Normas VDE para testes elétricos de materiais isolantes; avaliação do comportamento eletrostático

DIN 54345-1

Teste de têxteis

• Comportamento eletrostático, determinação de valores de resistência elétrica

DIN 4102-1

• Comportamento ao fogo de materiais e componentes de construção

DIN EN ISO 6941

• Têxteis, comportamento em chamas Medição das propriedades de propagação de chamas de amostras dispostas verticalmente

DIN 66083

• Valores característicos para o comportamento de combustão de produtos têxteis - tecidos para roupas de trabalho

DIN ISO 4649

• Elastômeros ou elastômeros termoplásticos - Determinação da resistência à abrasão por meio de um instrumento com tambor cilíndrico rotativo

DIN 53752

Requisitos para mangueiras em espiral feitas de TPU

DIN 53752

Testes de plásticos

• Determinação do coeficiente de expansão térmica linear

DIN 53505

Teste de borracha e elastômeros

• Teste de dureza de acordo com Shore A e D

DIN 53359

Teste de couro artificial e tecidos similares

• Teste de flambagem por fadiga

DIN 53863-2

Teste de tecidos

• Testes de abrasão de tecidos têxteis, teste de abrasão circular (teste Schopper)

DIN ISO 34-1

Elastômeros ou elastômeros termoplásticos

• Determinação da resistência ao rasgo - Parte 1: amostras de teste em forma de tira, ângulo e arco

DIN 53504

Testes de borracha e elastômeros

• Determinação da resistência ao rasgo, resistência à tração, alongamento na ruptura e valores de tensão no teste de tração

DIN EN ISO 1183-1

Plásticos

• Métodos para a determinação da densidade de plásticos não espumados - Parte 1: Método de imersão, método do picnômetro líquido e método de trituração

DIN EN ISO 4892

Plásticos

• Irradiação artificial ou intemperismo em aparelhos - Parte 1: Orientação geral

Todos os dados são o resultado de testes e ensaios internos de acordo com as recomendações de padrões internacionais e referem-se a uma temperatura média e ambiente de +20 °C. Temperaturas diferentes podem alterar as especificações de pressão e vácuo. Devido ao projeto, é possível alterar o comprimento de tipos individuais de mangueiras devido às variáveis de influência de pressão, pressão negativa, meio e temperatura ambiente.

A pressão operacional, a pressão de teste e a pressão de ruptura são determinadas de acordo com a norma DIN EN ISO 7751.

Ao testar a resistência ao vácuo, as mangueiras são colocadas em uma curva de 90 graus, mantendo o raio de curvatura mínimo, e submetidas à pressão negativa até que apresentem sinais de indentação ou colapso. Levando em conta um fator de segurança geralmente aceito, é realizada a determinação da pressão negativa permitida em operação contínua.

A determinação das especificações de pressão negativa para mangueiras Masterduct é baseada na norma DIN 20024, ponto 15.

A perda de pressão é a resistência do ar em um sistema de mangueiras ou tubos.

Ao projetar um sistema de ventilação, a resistência inevitável do ar deve ser levada em conta. Para simplificar a determinação da perda de pressão, as perdas de pressão específicas das mangueiras Masterduct podem ser obtidas em diagramas.

Os números são valores médios para mangueiras no estado esticado a +20 °C.

Para o apêndice técnico